Informe falcao.tricolor.blogspot.com:

Apesar de por um bom tempo o falcao.tricolor.blogspot.com ter ficado sem novas atualizações, quando chegam os textos são de primeira linha... o novo chama-se " O tiro que saiu pela culatra"; começei a escrever ele à quase um mês, porém ele só foi finalizado depois que reascendeu minha inspiração e entusiasmo para analisar; dissertar sobre o Grêmio. E essa vontade veio logo após a conquista de uma vitória sensacional em cima dos colorados, que em breve terá uma postagem exclusiva! Contando os momentos inesquecíveis de um Grêmio que a muito tempo não se via jogar daquela forma. Mas no texto " O tiro que saiu pela culatra" faço uma análise de toda a trajetória de Julinho Camargo, tocando em outros pontos também, como a volta de Celso Roth e a péssima gestão que faz Paulo Odone. espero que gostem do texto. Boa leitura, obrigado!




SOBRE A ÚLTIMA ENQUETE:


Se você fosse Julinho Camargo, como escalaria o ataque tricolor?

Leandro e André Lima 1 (7%)

Leandro e Miralles 0 (0%)

Miralles e André Lima 7 (50%)

Miralles, Leandro e André Lima 6 (42%)

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ganhas ou percas, te sigo aonde for!

                                                                                Por: Joao Gonçalves Neto

 
           Somos gremistas e disso não temos dúvida alguma. Cada um de nós amadureceu esse sentimento a sua maneira. Os mais pragmáticos acreditam que as influências e o viés do momento no decorrer do tempo, o tal do zeitgeist, são responsáveis pela maturação desta energia apaixonada e muitas vezes insana que nutrimos pelo Imortal Tricolor da Azenha. Alguns românticos acreditam que somos predestinados a tal privilégio, como se já estivesse encravado no DNA do vivente o dom do amor incondicional ao Grêmio. "Tu és a vida, tu és a paixão, o sentimento vai além da razão, e não importa se perder ou ganhar, o tempo inteiro eu vou te apoiar!"
Quarta-feira última (27/07/11 - Grêmio x América -MG) decidi dar ouvidos ao clamor interior que sempre emana no gremista em dias de jogos no Monumental - Tenho que ir nesse jogo! mesmo que seja Grêmio x Íbis. Clamor esse que no seu ápice nos faz menosprezar qualquer compromisso seja ele qual for. Para esta alentada firmei presença com nosso anfitrião - Geraldo Falcão. Arquibancada é nosso destino para acompanhar a peleia.
No decorrer do fatídico match, fiquei desconfortável com a atuação/atitude apresentada pelo Imortal. Não vou me perder em comentários sobre o jogo, pois todos sabem como foi o futebol apresentado pelo Tricolor. Lá pelas tantas do segundo tempo, após expulsão do Miralles e vendo que o time sucumbia em campo, sem qualquer indicador de mudança no panorama técnico e principalmente anímico dos atletas, pensei: “O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?!”. Logo, surgiram todos aqueles conceitos clichês para acompanhar meus pensamentos: “Estou aqui gastando uma grana com esses ‘caras’ para ver isso?!”, “Enquanto eles ganham alta grana e não se preocupam com nada eu tô aqui sofrendo?!” – e agora o maior de todos os clichês: “ESTOU BANCANDO O MILIONÁRIO SALÁRIO DESSES ‘CARAS’!”. Neste momento vaguei o olhar pela arquibancada do Monumental, muito frustrado, então parei meus olhos em um torcedor que trajava abrigo da Máfia Tricolor. Nele estava escrito “1995” em uma perna. Desliguei-me totalmente do ambiente, time inofensivo, pensamentos clichê, revolta e tudo mais. Foquei apenas na inscrição “1995” e na aparência jovem do torcedor que vestia a peça, me parecia ter menos de vinte anos de idade. Automaticamente lembrei dos tempos áureos, década de noventa, onde presenciei a primeira formação da tal torcida (sem apologia a qualquer torcida. Apenas um dado histórico), porque conhecia algumas gurias que transitavam nesse meio e por tabela acabei conhecendo o pessoal, mas não fazia parte da mesma. Voltando ao raciocínio, digamos que o torcedor do abrigo tenha 20 anos, naquela época ele tinha cinco. Vejam bem, há quinze anos! E tudo ainda está lá, todo o ritual do Monumental. Desde o pessoal das T.O. até a social, cadeiras e sem falar na Geral, que é mais recente, mas com sua força já agrega a sua rotina à vida de muitos torcedores. Todos com um objetivo em comum, acompanhar o Grêmio de foot-ball Porto Alegrense no local onde nos sentimos em casa, Olímpico Monumental, impulsionados por um sentimento quase indescritível.
Talvez não consiga mensurar quantitativamente este sentimento, mas peço que tu remetas o pensamento para um dia de jogo no Monumental. Quanto mais perto do estádio chegamos mais descontrolados ficamos, mesmo que seja algo interior, mais contido, ou até mesmo aquele mais eufórico que entoa cânticos pelas avenidas até chegar ao pátio e portões. Então é chegado o momento em que nos deparamos com o portão de acesso ao estádio, a bendita roleta! A sensação de passar pela roleta e ver o campo surgir a sua frente e ter a noção de “Eu estou aqui de novo!” não tem preço! É sobre este sentimento que me refiro. Uma energia que só os “Do Tricolor de Porto Alegre” podem experimentar. Isso é ser GREMISTA! Mas veja bem, como todos sabem, não é só indo ao estádio que experimentamos esta sensação. Numa simples conversa esporádica de bar ou em discussões acaloradas com algum Símio novo rico podemos extravasar o sentimento e atingir o auge do amor ao Tricolor a quilômetros de distância do Olímpico. Podemos até ir mais além para tentar explicar este amor incondicional. Lembre-se de momentos mais reservados, particulares, que tenha vivido em função de ser um Tricolor (i)nato. A frustração ou comemoração junto à alguém especial. Aquele abraço do teu pai, mãe, avô(ó), irmão(ã) ou de um(a) confirmado(a), sei lá...Enfim, momentos únicos que ratificaram e serviram de palco para o exercício do Gremismo mais puro e verdadeiro. Aqueles que justificam a resposta da seguinte pergunta: “Pra que time tu torce?”.
Depois de me perder em tantos pensamentos, situei-me fisicamente no estádio novamente, porém, com a resposta da pergunta que me intrigava antes do devaneio: “O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?!”, tendo em vista a atuação/atitude do Tricolor. Pois bem, eis que cheguei a seguinte conclusão: Vou ao estádio porque, antes de qualquer coisa, sou GREMISTA de quatro costados. Além do mais, não é só uma partida de futebol, são inúmeras experiências que giram em torno deste jogo. Desde a saída de casa, de ônibus ou de carro, com os amigos, ás vezes com meio corpo para fora da janela e com bandeira em punho cantando o seu amor ao Grêmio. O radinho não pode faltar para muitos, já faz parte da rotina. A ceva bem gelada na fruteira, no Faísca ou em qualquer outro pico. A mão do “digestivo” no local mais apropriado, fazendo prognósticos sobre a partida que se aproxima. A satisfação em fazer parte deste espetáculo. É um conjunto de situações que explica o motivo pela qual vamos ao estádio. Isso sem falar nas questões atemporais envolvidas. Cada canto do entorno e interior do Monumental nos remete a alguma história ou experiência vivida em função do Grêmio, que acabam influenciando na nossa interpretação de momento atual. Sentimos que o ambiente é bom, mas às vezes nem nos damos conta do por quê. Influências do inconsciente que, por não poder dar as caras, deixa apenas um rasto, como se fosse uma mensagem criptografada das tantas experiências vividas naquele território sagrado e que agora jazem em algum lugar desconhecido da nossa psique.
Junte todo esse conjunto de fatores mais aquele amor descontrolado e temos a resposta final. Vou ao estádio porque amo o Grêmio e tudo que ele representa na minha vida. O que me vale é o manto tricolor, aquele das listras, o Olímpico Monumental e suas cercanias como local de confraternização com os pares, as taças que me orgulham e honram minha escolha e tudo que o Imortal me proporcionou até hoje, na boa e na ruim. Todo o resto...como diria Maria Quintana...”Eles passarão, Eu passarinho”. Ou como diz nosso cântico...”Passaram anos, passaram JOGADORES, Geral está presente, não para de apoiar”. Como vocês podem ver, dei uma tremenda (tremenda mesmo) volta para lhes falar que ver o Imortal empatar com o América MG em casa é dolorido, porém, não podemos esquecer que AQUELES QUE LÁ ESTÃO não são o Grêmio. Muitos que estão ali, desde jogadores até direção, desonram a jaqueta tricolor com seus joguinhos de vaidade e politicagem barata. Hoje em dia qualquer entorse ou amidalite tira esses “artistas” de jogos importantes, mesmo ganhando mais de 200 mil por mês. Lara, o craque imortal, tinha sérios problemas cardíacos e mesmo assim foi para o front jogar uma decisão pelo Tricolor de Porto Alegre. Não precisa falar mais nada!
Então caros tricolores, lhes digo, continuem alentando, indo ao estádio, dando o apoio que o Grêmio de Foot-ball Porto Alegrense merece por tudo que ele representa na história de cada um de nós. Sei que é duro ver algumas peças envergando a jaqueta Tricolor, mas eles passarão...

Um comentário:

  1. João Gonçalves Neto3 de agosto de 2011 às 11:55

    Grande Gerauduro Mestre! Valeu pela oportunidade de expressar meu amor ao Imortal Tricolor. JGN

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